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domingo, 20 de março de 2016

História e perspectiva da saúde pública no Brasil: O SUS que temos e o SUS que queremos!

O SUS é uma grande conquista do cidadão brasileiro, ressalta que esta conquista é mérito exclusivo dos movimentos sociais organizados, que foram as ruas pedir saúde, educação e segurança em um momento político onde ser emergia as diretas já, para ilustrar essa história indico o documentário abaixo.

Documentário Políticas De Saúde No Brasil - Um Século De Luta Pelo Direito Á Saúde – FIOCRUZ - CLIQUE AQUI



O SUS propõe uma ruptura com o modelo de saúde vigente, quero lembrar que esse modelo era voltado ao tratamento da doença, não a prevenção e, nos casos de doenças contagiosas e das doenças psiquiátricas o modelo era coercitivo e recluso em nosso país – Aqui aponto, como exemplo, o caso de Barbacena


Matéria Fernando Gabeira Globo News Holocausto Brasileiro Manicômio de Barbacena CLIQUE AQUI


Quando os movimentos sociais tomam as ruas pelas diretas já, naquele momento, juntamente com tais manifestações acontecia uma ampla discussão no Brasil sobre o direito a saúde, umas das vozes que ecoavam neste contexto era a do médico sanitarista Sérgio Arouca, um dos principais fomentadores do SUS. Sérgio Arouca propunha um rompimento com o modelo vigente de saúde, que naquele momento era, higienista, biomédico e privatista. Sérgio Arouca apontava uma direção onde o direito a saúde deveria ser universal, para todo cidadão, equitativo, com justiça social e integral, abrangendo, dentre outras questões, saneamento básico, economia e prevenção.


Vídeo Democracia é saúde – Discurso de Sérgio Arouca na 8° conferência nacional de saúde em março de 1986. - CLIQUE AQUI



A partir de então ocorre uma reconfiguração do acesso a saúde. Porém, ainda temos um amplo debate pela frente, pois vivemos em uma crise política na saúde, onde os gestores ainda não compreendem o real processo de saúde, temos o problema da educação da população que não compreendem os reais princípios da saúde e as tentativas de capitalização da saúde que tenta através da mídia sucatear o SUS. O debate continua, assista a seguir o documentário da FIOCRUZ sobre os 25 anos do SUS.


25 anos do SUS – FIOCRUZ - CLIQUE AQUI


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Vídeo Aulas Anatomia para revisão


Vídeo Aulas Sistema Excretor


Os Rins: A filtragem do sangue e a excreção


Néfron: A unidade funcional dos Rins


Regulação da pressão arterial através do sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona


Sistema Respiratório
Estrutura e funções do sistema respiratório


Movimentos Respiratórios


                       Sistema Circulatório

Coração Artérias e Veias

Circulação pulmonar e sistêmica


Sistema Esquelético

Divisões do Esqueleto






segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Métodos Anticoncepcionais


Na sociedade atual, o planejamento familiar é muito importante para a qualidade de vida, pois só assim para garantir um futuro digno para os descendentes.
Para isso, foram criados vários métodos contraceptivos, ou seja, métodos que evitem a gravidez.

Métodos de barreiras
São métodos onde se cria literalmente uma barreira física para a fertilização.

Camisinha masculina
A camisinha é feita também de látex, material que tem certa elasticidade. Ela é colocada no pênis ereto do homem, com o objetivo de barrar os espermatozóides logo após a ejaculação. Na ponta, é muito importande deixar uma parte vazia sem ar, para que ali fique o esperma. Caso contrário, a camisinha pode estourar ou o esperma subir até a base do pênis, tendo contato com o corpo feminino.





Camisinha masculina. Foto: Dragan Milovanovic / Shutterstock.com

A camisinha, além de evitar a gravidez, também evita a aquisição de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), como sífilis, gonorréia, AIDS, etc. É um método barato e acessível a todas as camadas da sociedade, fazendo com que seja o método contraceptivo mais adotado no mundo. A sua eficácia fica em torno de 96%, se utilizada corretamente.

Camisinha feminina
É um "saco" feito de mesmo material que a camisinha masculina, que possui dois anéis nas extremidades. Um serve para facilitar a introdução da camisinha na vagina, e o outro serve para segurar a camisinha na vulva, protegendo os pequenos e grandes lábios também. Evita a aquisição de DSTs e AIDS. A eficácia contra a gravidez é de aproximadamente 97%.



Camisinha feminina. Foto: nito / Shutterstock.com


Diafragma

É uma pequena cúpula feita de látex ou silicone, que deve ser introduzido na vagina momentos antes da relação sexual. Ele se encaixará na entrada do útero, obstruindo-o. Essa obstrução evita que os espermatozóides encontrem o óvulo (ovócito secundário). É altamente recomendado que se utilize juntamente com uma pomada espermicida, para aumentar a eficácia. Deve ser removido somente seis horas após a ejaculação do homem, para garantir que todos os espermatozóides ja tenham morrido. A eficácia desse método é de aproximadamente 80%.

Métodos hormonais ou químicos
Método injetável
Com uma seringa são injetados hormônios que evitam a ovulação em certo período (mensal ou trimestral). Após a interrupção das injeções, é possível engravidar seis meses depois. Sua eficácia é de aproximadamente 98,5%. Deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico.
Esse método não é recomendado para mulheres acima de 35 anos e fumantes, pois pode trazer algumas complicações para a saúde. Também deve ser evitado o uso por mulheres que tiveram trombose, glaucoma, problema cardiovascular, hepatites, hipertensão, neoplastias, diabetes, entre outros. O uso em períodos de amamentação pode prejudicar a produção de leite.

Implante
São implatados no braço pequenos bastões que contêm hormônios, que impedem a ovulação e são liberados gradativamente, por até 5 anos. Após a interrupção do uso desse método, é possível engravidar após um ano.

Pílula do dia seguinte
Contém grande quantidade de hormônios (levonorgestrel), que cria um ambiente desfavorável aos espermatozóides e também evita a ovulação. É utilizada em casos de emergência, como um furo na camisinha, ou vazamento de esperma, etc. Não deve ser utilizada com muita frequência, pois pode desregular o ciclo menstrual. Eficácia de 99,9%. Deve ser tomada em até 4 dias após a relação sexual, após esse período, a eficácia da pílula cai bastante. Ela somente previne a gravidez de relações sexuais anteriores, não futuras.

DIU - Dispositivo intra-uterino

É uma peça de plástico banhada de cobre, material que funciona como espermicida. O DIU é colocado dentro do útero pelo médico, durante o período menstrual, quando o colo do útero está mais aberto. O dispositivo pode ficar por muitos anos no útero, mantendo a sua eficácia, desde que tenha acompanhamento do ginecologista. Não protege contra DSTs, e em caso de uma possível gravidez (eficácia de 98%), pode ter efeito abortivo.


Dispositivo intra-uterino (DIU). Foto: Image Point Fr / Shutterstock.com


Métodos comportamentais
São métodos que se baseiam apenas no comportamento dos individuos que praticam o ato sexual.
Consiste em retirar o pênis de dentro da vagina momentos antes da ejaculação. Esse método é bastante falho, pois antes da ejaculação é expelido outro líquido, lubrificante, que também contém espermatozóides capazes de fecundar o óvulo.

Muco Cervical
Com o início do período menstrual o muco cervical, inodoro e transparente, tende a ficar mais elástico.

Temperatura basalCom a chegada do período fértil a temperatura da mulher tende a aumentar algumas frações de graus celsius.

Tabelinha
É uma tabela do ciclo hormonal e fértil da mulher, detectando assim, os dias em que pode ter relações sexuais com menor risco de gravidez.
Todo mês, deve-se marcar em um calendário a data de início da menstruação. Isto deve ser feito por no mínimo seis meses, para que se tenha uma informação correta sobre o ciclo hormonal. O número de dias entre as menstruações dividido por dois indica o meio do ciclo. Nos três dias antes e depois do meio (incluindo o dia de referência), não se deve ter relações sexuais, ou utilizar camisinha.

Método da tabelinha. Foto: brandonht / Shutterstock.com

Toda mulher possui um ciclo hormonal diferente, então é muito importante ficar os seis meses criando a tabela com as informações dos ciclos. Por exemplo, uma mulher que inicia o ciclo menstrual no primeiro dia do mês, e tem outra menstruação no dia 28, tem um ciclo menstrual de 28 dias, sendo férteis os dias 11, 12, 13, 14, 15, 16 e 17, quando o óvulo está sendo liberado.
Se no período de "testes" for detectado uma variação maior que 10 dias entre os ciclos mais longos e curtos, esse método não é recomendado. Também deve ser evitado por mulheres que têm o ciclo irregular, seja por qualquer motivo. Importante lembrar que nem sempre os dias do ciclo serão numericamente iguais aos do mês.

Métodos cirúrgicos
É uma intervenção cirúrgica, onde as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando com que o óvulo e os espermatozóides se encontrem. É um método definitivo, ou seja, depois que a laqueadura é feita, é impossível engravidar novamente. Deve ser um método utilizado com muita certeza do que se está fazendo. Muitas mulheres se arrependem anos após a realização da esterilização, mesmo que tenham dito ter certeza do que queriam fazer. Só é indicado para mulheres maiores que 25 anos que já tenham pelo menos 2 filhos.

É uma cirurgia feita na bolsa escrotal do homem, por onde passa o canal deferente. Esse canal é cortado, impedindo que os espermatozóides cheguem ao esperma. Isso não faz com que o homem fique impotente, nem prejudica a produção de testosterona pelos testículos. Esse método contraceptivo só é feito por recomendação médica, sendo requisitos ter no mínimo 25 anos ou dois filhos vivos, e ter passado por grupos educativos, pois é um processo irreversível.







Vasectomia. Ilustração: Blamb / Shutterstock.com

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Direitos Fundamentais de Sexualidade e Reprodução.

O que são Direitos Reprodutivos?


Os Direitos Reprodutivos são constituídos por certos direitos humanos fundamentais, reconhecidos nas leis internacionais e nacionais. Além das leis, um conjunto de princípios, normas e institutos jurídicos, e medidas administrativas e judiciais possuem a função instrumental de estabelecer direitos e obrigações, do Estado para o cidadão e de cidadão para cidadão, em relação à reprodução e ao exercício da sexualidade.                                                      
A atual concepção dos direitos reprodutivos não se limita à simples proteção da reprodução. Ela vai além, defendendo um conjunto de direitos individuais e sociais que devem interagir em busca do pleno exercício da sexualidade e reprodução humana. Essa nova concepção tem como ponto de partida uma perspectiva de igualdade e eqüidade nas relações pessoais e sociais e uma ampliação das obrigações do Estado na promoção, efetivação e implementação desses direitos. O conceito de direitos reprodutivos, apesar das oposições existentes, encontra-se legitimado. Já o conceito de direitos sexuais, que nos documentos internacionais está incluído nos direitos reprodutivos, ainda não tem reconhecimento na extensão ideal, em função das dificuldades da sociedade em compartilhar moralidades diferentes no exercício da sexualidade humana.                                                                                                     
A cultura do silêncio para as questões sexuais, relegadas à esfera privada, e a adoção de estigmas em relação a determinados grupos geram os estereótipos a partir dos quais as normas são moldadas em relação ao feminino e masculino. Esses são alguns dos muitos fatores que vêm dificultando a afirmação dos direitos sexuais, de forma independente, e trazendo sérias e danosas conseqüências para o delineamento de políticas públicas relacionadas ao exercício da sexualidade.  

                                                   

A afirmação e construção do conceito de direitos sexuais e reprodutivos vem se dando, basicamente, no campo da saúde, o que implica por vezes, restringi-lo às questões de saúde sexual e reprodutiva. Portanto, um grande desafio para a afirmação do novo conceito é não permitir sua restrição às questões de saúde e normativas, mas aportá-lo na esfera da cidadania plena, buscando tratá-lo na sua dimensão política, ou seja, "como prerrogativa de autonomia e liberdade dos sujeitos humanos nas esferas da sexualidade e reprodução 

Direitos reprodutivos


  • Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
  • Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos.
  • Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência.


Direitos sexuais


  • Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a).
  • Direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
  • Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças.
  • Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou condição física.

  • Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
  • Direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre outras.
  • Direito de ter relação sexual independente da reprodução.
  • Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS.
  • Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação.
  • Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.




Além dos direitos específicos sobre sexualidade e reprodução também é assegurado à mulher os direitos da pessoa humana.

O que são Direitos Humanos?


Os Direitos Humanos são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são considerados fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida.

O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, o direito ao afeto e à livre expressão da sexualidade estão entre os Direitos Humanos fundamentais.

Não existe um direito mais importante que o outro. Para o pleno exercício da cidadania, é preciso a garantia do conjunto dos Direitos Humanos. Cada cidadão deve ter garantido todos os Direitos Humanos, nenhum deve ser esquecido. Respeitar os Direitos Humanos é promover a vida em sociedade, sem discriminação de classe  social, de cultura, de religião, de raça, de etnia, de orientação sexual.


Para que exista a igualdade de direitos, é preciso respeito às diferenças.