O que são Direitos Reprodutivos?
Os
Direitos Reprodutivos são constituídos por certos direitos humanos fundamentais,
reconhecidos nas leis internacionais e nacionais. Além das leis, um conjunto de
princípios, normas e institutos jurídicos, e medidas administrativas e
judiciais possuem a função instrumental de estabelecer direitos e obrigações,
do Estado para o cidadão e de cidadão para cidadão, em relação à reprodução e
ao exercício da sexualidade.
A
atual concepção dos direitos reprodutivos não se limita à simples proteção da
reprodução. Ela vai além, defendendo um conjunto de direitos individuais e
sociais que devem interagir em busca do pleno exercício da sexualidade e
reprodução humana. Essa nova concepção tem como ponto de partida uma
perspectiva de igualdade e eqüidade nas relações pessoais e sociais e uma
ampliação das obrigações do Estado na promoção, efetivação e implementação
desses direitos. O conceito de direitos reprodutivos, apesar das oposições
existentes, encontra-se legitimado. Já o conceito de direitos sexuais, que nos
documentos internacionais está incluído nos direitos reprodutivos, ainda não
tem reconhecimento na extensão ideal, em função das dificuldades da sociedade
em compartilhar moralidades diferentes no exercício da sexualidade humana.
A
cultura do silêncio para as questões sexuais, relegadas à esfera privada, e a
adoção de estigmas em relação a determinados grupos geram os estereótipos a
partir dos quais as normas são moldadas em relação ao feminino e masculino.
Esses são alguns dos muitos fatores que vêm dificultando a afirmação dos
direitos sexuais, de forma independente, e trazendo sérias e danosas
conseqüências para o delineamento de políticas públicas relacionadas ao
exercício da sexualidade.
A
afirmação e construção do conceito de direitos sexuais e reprodutivos vem se
dando, basicamente, no campo da saúde, o que implica por vezes, restringi-lo às
questões de saúde sexual e reprodutiva. Portanto, um grande desafio para a
afirmação do novo conceito é não permitir sua restrição às questões de saúde e
normativas, mas aportá-lo na esfera da cidadania plena, buscando tratá-lo na sua
dimensão política, ou seja, "como prerrogativa de autonomia e liberdade
dos sujeitos humanos nas esferas da sexualidade e reprodução
Direitos reprodutivos
- Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
- Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos.
- Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência.
Direitos sexuais
- Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a).
- Direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual.
- Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças.
- Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou condição física.
- Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
- Direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre outras.
- Direito de ter relação sexual independente da reprodução.
- Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS.
- Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação.
- Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.
Além dos direitos
específicos sobre sexualidade e reprodução também é assegurado à mulher os direitos
da pessoa humana.
O que são Direitos Humanos?
Os Direitos Humanos
são direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são considerados
fundamentais porque, sem eles, a pessoa não é capaz de se desenvolver e de participar
plenamente da vida.
O direito à vida, à
alimentação, à saúde, à moradia, à educação, o direito ao afeto e à livre
expressão da sexualidade estão entre os Direitos Humanos fundamentais.
Não existe um direito
mais importante que o outro. Para o pleno exercício da cidadania, é preciso a
garantia do conjunto dos Direitos Humanos. Cada cidadão deve ter garantido
todos os Direitos Humanos, nenhum deve ser esquecido. Respeitar os Direitos
Humanos é promover a vida em sociedade, sem discriminação de classe social, de cultura, de religião, de raça, de
etnia, de orientação sexual.
Para que exista a
igualdade de direitos, é preciso respeito às diferenças.
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